5 momentos incríveis da Women’s March, o maior protesto feminista do mundo

A não ser que você tenha passado o fim de semana inteiro escondida embaixo das cobertas, você viu que ruas do mundo inteiro foram tomadas pela Women’s March, uma série de protestos liderados por mulheres – mas que contaram com a presença de todos – no último sábado, dia 21.
O Women’s March foi um marco na história do feminismo. Isso porque, o que começou apenas como um protesto contra o novo presidente Donald Trump, se tornou algo muito maior: uma verdadeira marcha pelos direitos das mulheres, uma mobilização incrível em prol de uma causa comum. Os protestos foram tão grandes que se tornaram o maior protesto antigoverno dos Estados Unidos, com mais de 2 milhões de protestantes ao redor do mundo participando do evento.
E o melhor de tudo é que o Women’s March foi um movimento pacífico. Nos Estados Unidos, apenas 4 pessoas, ao longo de 21 estados que contaram com os protestos, foram presas, e não houve relatos de atos de violência durante a marcha.
Se você tem dúvida sobre a importância dessa mobilização, a gente mostra aqui algumas coisas que vimos e que são tão incríveis que merecem ser lembradas para sempre.
1.O discurso de Madonna
Foram muitos discursos que aconteceram em Washington, nos Estados Unidos, mas um deles chamou a atenção pela sua potência: a fala de Madonna foi tão forte que precisou ser cortada da televisão ao vivo, mas não deixa de ser um manifesto de tudo o que aconteceu e tudo o que ainda está por vir:
“Bem-vindos à revolução do amor. Á rebelião. A nossa recusa como mulheres de aceitarmos essa nova era de tirania. Onde não só as mulheres estão em perigo, mas todas as pessoas marginalizadas. Onde ser diferente pode verdadeiramente ser considerado um crime. Foi preciso essa escuridão para finalmente nós acordamos”.
2.Os cartazes incríveis
Além de tudo o que realmente importa nesta marcha – as mulheres unidas, a quantidade de pessoas nas ruas, os discursos – o que chamou a atenção na Women’s March foram os cartazes levantados pelos protestantes. Com uma série de referências da cultura pop, muitos deles mandavam uma única mensagem, de formas diferentes: as mulheres não vão se entregar tão facilmente à um governo machista e que não vê os seus direitos como necessários.
Um dos destaques foi o cartaz da atriz Melissa Benoist, que interpreta a Supergirl na série de mesmo nome, e que dizia: ‘Ei Donald [Trump], não tente pegar na minha vagina porque ela é feita de aço!’. O Cartaz é uma referência à uma polêmica frase do agora presidente e, claro, à personagem de Melissa na televisão.
3.”Muros não funcionam”
A ícone feminista Gloria Steinem deu um impactante discurso sobre a importância dos direitos das mulheres e dos direitos humanos como um todo. Porém o principal da sua fala foi um recado das mulheres de Berlim, na Alemanha: “Eu estava falando com as mulheres de muitas das nossas marchas irmãs, incluindo uma em Berlim, e elas pediram para que eu mandasse uma mensagem especial: ‘Nós em Berlim sabemos que muros não funcionam’”. A referência é ao plano do presidente Trump de construir um muro separando os Estados Unidos do México e ao conhecido Muro de Berlim, que separou a cidade em duas até 1989.
4.O símbolo da resistência no Women’s March
Chamados de ‘pussy hats’, algo como ‘chapéus de vagina’, os gorros cor de rosa se tornaram o símbolo do Women’s March e foram usados por milhares de protestantes no mundo inteiro, aparecendo até mesmo na cabeça de alguns policiais. O chapéu, que é feito a mão, tem como objetivo ser mais do que apenas um símbolo, mas também uma forma de empoderamento e de demonstrar a sororidade: o site do Pussy Hat Project incentiva pessoas a criarem chapéus para quem não sabe tricotar ou não tem os recursos necessário para isso.
5.As diferenças sumiram
Por mais que esse seja um movimento feminista, é sempre importante lembrar que a base desse ideal é a igualdade de gêneros. Por isso, é até emocionante ver que, dentre uma marcha tão focada em um único ideal, as diferenças desapareceram. E mulheres de todas as cores, credos e idades, além de muitos homens, se uniram para ajudar numa causa que só beneficia a todos. A união fez a força, de fato, e mais bonito do que ver tantas mulheres lado a lado por uma causa comum é ver todo mundo – ambos os sexos – compreendendo cada dia mais a importância de nos vermos como iguais.
Imagem: Reprodução