5 coisas que você deve ter em mente ao procurar um estágio

Para a maior parte dos estudantes, Universidade e estágio são sinônimos. Ou seja, um não funciona sem o outro. Isso porque, no Brasil, a faculdade é a porta de entrada para o mercado de trabalho e é o momento perfeito para você colocar a mão na massa e aprender, na prática, sobre a profissão que decidiu seguir.
Pensando nisso, Superela conversou com a Super Profissional Thais Canto, psicóloga e coach profissional, para saber exatamente o que é preciso ter em mente na hora de buscar um estágio. Claro, cada caso é um caso e algumas pessoas simplesmente não podem se dar ao luxo de usar o período da faculdade para testar de tudo – nem todo estudante universitário é bancado pelos pais, muitos precisam ajudar a bancar a casa também.
Mas, se for possível, Thaís afirma que a questão do salário e dos benefícios deve ser encarada como um bônus: o foco aqui, no caso, é a experiência. “O principal objetivo do estágio é preparar o estudante para o trabalho produtivo / mercado de trabalho e por isso, este deve ser o foco do estudante ao buscar um estágio”.
Fique atenta, então, aos pontos abaixo sempre que buscar um estágio:
1.Experiência
Como Thais comentou, a experiência deve ser o foco na hora de procurar um estágio, sempre. “[O estudante deve] Verificar se as atividades que ele fará no estágio são interessantes e desafiadoras para a futura prática profissional ou rumo que o estudante pretende dar na carreira”, diz ela. Por isso mesmo, quanto mais experiência você angariar nesse período, melhor.
2.Reputação da empresa
Não adianta você aceitar qualquer coisa logo de cara, sem nem mesmo fazer algum tipo de pesquisa antes. Vale ficar de olho para saber a reputação da empresa no mercado e se essa experiência pode agregar ao currículo, no futuro.
3.Possibilidade de efetivação
“Quem não deseja estar empregado quando se formar ou até mesmo antes? Se o estágio oferece essa possibilidade, o estudante deve priorizá-lo diante de outras oportunidades”, explica Thais. Ainda mais em tempos de crise, não é mesmo?
4.Se a empresa cumpre a lei
Antes de mais nada, é importante que você saiba qual é a lei do estágio e o que ela cobre. Esse é o primeiro passo para ter uma experiência de trabalho que seja, de fato, uma experiência e não um emprego disfarçado. Cumprimento de horas de trabalho por dia e carga horária semanal, férias remuneradas, duração máxima de 2 anos, entre outros detalhes são importantes de serem cumpridos de acordo, para evitar problemas futuros.
5.Bolsa estágio e benefícios
Sim, a gente sabe que comentou ali em cima que a bolsa-auxílio deve ser vista como um extra, mas a verdade é que o pagamento é obrigatório, previsto por lei (Nº 11.788/2008), além do auxílio-transporte e seguro contra acidentes pessoais. Já outros extras, como vale-alimentação e seguro saúde, não são obrigatórios, mas podem ser o critério de desempate na hora de escolher uma vaga: “Se um estudante tiver em dúvida entre a proposta de duas ou mais empresas e qual deve aceitar, pode usar este item como critério depois de todos os anteriores. Uma empresa que oferece uma bolsa-estágio acima da média e benefícios (sendo que por lei nem seria obrigada a isto) demonstra que deseja investir no futuro profissional”, diz Thais.
Não existe um limite de estágios de que uma estudante universitária pode ter, porém vale a pena levar em consideração se a experiência que você está tendo no trabalho é enriquecedora e se o processo é extenso. Quanto mais tempo você trabalha em uma mesma empresa, mais o mercado entende você como uma pessoa estável, profissionalmente falando. Se esse não for o caso, o ideal é que você deixe um estágio apenas quando tiver outro em vista, assim, mesmo que não seja na área que você imaginava, pelo você também angaria experiência, de uma forma ou de outra.
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