5 artistas LGBT brasileiros que você precisa conhecer

No dia 17 de maio de 1990, o termo “homossexualismo” deixou de ser considerado uma doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, nesta data comemora-se o Dia Internacional contra a Homofobia. 25 anos depois, a cultura LGBT vem quebrando estereótipos e se consolidando como parte da cultura popular. Não importa o seu estilo, eu te desafio sair à noite e não ouvir uma música de Pabllo Vittar, Liniker ou Rico Dalasam.
Veja abaixo quem mais está lacrando a cena musical, do pop à black music!
Artistas LGBT que pisam MUITO
1. Lia Clark
Depois do primeiro single Trava Trava, quem não travou mais foi Lia Clark. A drag queen de 25 anos passeia cena funk, mas se inspira tanto nas mulheres fruta quanto na diva do pop brasileiro Anitta. Além de Trava Trava, Lia é dona do hit Chifrudo, em parceria com a Mulher Pepita. A música fez tanto sucesso que rendeu uma parceria da drag com a marca Avon, que realizou um Baile das Bonecas de verdade para divulgar a linha “Mark” (se você quer saber o que é Baile das Bonecas, assista ao vídeo!).
As novidades de Lia não param por aí. Ela acaba de participar da nova música de Pabllo Vittar Tome Curtindo e ainda tem mais uma parceria delas duas com o DJ internacional Diplo em andamento. É pura lacração, não é mesmo morys?
2. Banda UÓ
Vocês me dão licença pra ser bem imparcial? Se eu tivesse que escolher hoje a minha banda brasileira preferida eu falaria Banda Uó sem nem pensar duas vezes. O conjunto é formado pela Candy Mel, uma mulher transexual, e dois homossexuais, o Davi Sabbag e Mateus Carrilho. Na minha opinião, a banda transmite toda a diversidade brasileira, tanto no quesito LGBT quanto na mistura de ritmos.
O nome veio de inspiração de festas bregas, mas hoje as músicas são compostas por um mix de brega, pop, funk e rock, mas sempre com bastante exagero. O sucesso Arregaçada, por exemplo, tem um sample famosíssimo da música Super Freak, de Rick James também usada em U Can’t Touch This, do MC Hammer.
3. Rico Dalasam
Não é só de pop e funk que vive a comunidade LGBT. Rico Dalasam quebrou estereótipos de gênero quando se tornou o primeiro rapper assumidamente gay do Brasil. O rapper contou ao G1 que Dalasam é a abreviação da frase “Disponho Armas Libertárias a Sonhos Antes Mutilados”. Aos 16 anos, nas batalhas de MCs no metrô de Santa Cruz, Rico começou a criar nomenclaturas que tivessem a ver com sua narrativa.
Assim como Karol Conka no single Farofei, no primeiro verso de Riquíssima, ele ironiza as cobranças que vieram junto como o sucesso em: “E aí, bee? Tá riquíssima?”. Rico bota a cara no sol e bate de frente com o preconceito. No meio de um gênero extremamente machista, suas músicas já dão pinta de como é sua performance: “Aceite-C”, “Honestamente” e “Empoderada”.
4. Liniker
Liniker é outro artista LGBT que foge do pop. Quer dizer, popular é, mas Liniker define seu estilo musical como black music. Tem como referências musicais Cartola, Nina Simone, Caetano, Gilberto Gil e Gal. Da cena atual, ele escuta Tulipa Ruiz e Tássia Reis (que aliás já fez uma parceria incrível com o Rico Dalasam e outros rappers).
Não se define como “o”, nem “a”. Às vezes chama a si mesmo de “cantor”, “ator”, ou então de “bicha preta”. Segundo Liniker, o palco é o lugar no qual pode se transformar, se empoderar e se colocar da maneira que gosta de ser.
5. Pabllo Vittar
https://www.youtube.com/watch?v=HT1LTv5FHTY
Pabllo Vittar hoje é a drag queen mais famosa do Brasil. De acordo com muitos fãs, Todo dia foi a música do Carnaval 2017. O refrão “Eu não espero o Carnaval chegar…” era repetido bloco após bloco, e consolidou Pabllo como musa da folia. Hoje ela, ou ele, como preferir, já faz parte da banda do programa Amor&Sexo e possui alguns outros hits no currículo como a canção Open Bar, cover de Lean On, do dj Major Lazer.
Nesta semana, Pabllo lançou os clipes de K.O e Tome Curtindo. O primeiro estreiou no programa TVZ, do Multishow e chegou a atingir o primeiro lugar nos Trending Topics do Twitter no Brasil e no mundo. Já o segundo, conta com 300 mil visualizações no Youtube com apenas dois dias de lançamento.
Imagens: Youtube