Mulheres na Filosofia: conheça 3 mulheres que deixaram sua marca
A Filosofia teve origem na Grécia Antiga, não se tem certeza, mas foi entre o final do século VII a.C. e o século VI a.C.
Mas, afinal, o que é Filosofia?
Do grego, o termo filosofia significa “amor ao conhecimento”, em que busca entender o ser humano, seu pensamento e os conhecimentos adquiridos por meio da sociedade. É uma forma de questionar sobre a existência, mundo e universo.
O estudo da Filosofia pode te ajudar na vida cotidiana, responder às questões que surgem no dia a dia e na transformação da realidade. Além disso, contribui para o desenvolvimento pessoal, para buscar forças para lutar pelos seus direitos e, também, para compreender sobre o papel da mulher na sociedade e a origem do feminismo.
Como diz Marilena Chaui:
“Se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes que os seres humanos são capazes.”
E por que não estudar Filosofia nesta quarentena? Sim! Há muitos pensadores antigos e contemporâneos para você se inspirar e criar novos modos de pensar… ou reforçar as suas ideias. Inclusive, há muitas mulheres na filosofia que deixaram e, ainda, deixam suas marcas. Confira!
Mulheres na Filosofia que deixaram sua marca
1. Angela Davis

Davis é ativista da causa negra, professora de História, Universidade de
Califórnia, filósofa socialista estadunidense, escritora e luta contra a
desigualdade social. Seu estudo sobre a democracia racial serve como
referência mundial.
Desde 1960, Angela militava a favor da igualdade e passou participar dos
movimentos sociais. E no momento, mantém a sua militância política para
combater o racismo e também a defesa dos direitos das mulheres. Para ela,
é fundamental que todos se unam para essa luta e acredita piamente que não está nesta sozinha e sabe que a força das mulheres está mais viva do que nunca.
Quando a pensadora veio para o Brasil, ela disse em uma entrevista para
imprensa:
“Não acredito que seja saudável escolher uma luta e dizer que é mais importante do que outra, mas sim, em reconhecer como as diferentes
lutas se conectam”.
Há três livros da pensadora para quem quer entender mais a respeito deste
assunto: Mulheres, raça e classe, A liberdade é uma luta constante e Uma
autobiografia.
2. Martha Nussbaum

Ela é uma filósofa contemporânea estadunidense, é considerada uma das
mais importantes mulheres na filosofia, seu foco principal é filosofia grega, romana, filosofia, política e ética. Além disso, é professora de Direito e Ética, na Universidade de Chicago, maratonista, tocadora de ópera, mãe e casada.
Martha estudou Literatura Clássica e defende a arte e a música. Em uma de
suas teorias, ela coloca que a qualidade de vida vem sempre por meio da
arte, ainda, ressalta que:
“A arte, como as emoções em geral, podem ser usadas para simplificar e distorcer. Mas a arte também tem habilidades incríveis para nos conectar, atravessando divisões. A arte nos lembra das partes mais profundas de nós que são suprimidas, muitas vezes, pela nossa vida muito ocupada.”
Ela tem vários livros publicados e por onde passa, deixa um bom trabalho, vale a pena ler mais sobre a Nussbaum para conhecê-la e se inspirar na sua filosofia.
Os principais livros de Martha: Sem fins lucrativos: Por que a democracia
precisa das humanidades, A fragilidade da bondade: Fortuna e ética na
tragédia e na filosofia grega.
3. Edith Stein

Edith Stein foi filósofa e teóloga alemã. Ela era judia e na adolescência se tornou ateia, mas depois da leitura de um livro de Santa Teresa de Ávila mudou o seu ponto de vista, se converteu ao catolicismo e tornou-se freira.
Morreu em Auschwitz assassinada pelo nazismo, onde ela e suas irmãs foram levadas para o Campo de Concentração e na noite de 6 de agosto, foram executadas na câmara de gás. Depois disso, foi santificada pelo papa João Paulo II como Santa Teresa Benedita da Cruz.
Vivenciou a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, foi enfermeira voluntária na Primeira e a partir daí que a pensadora mudou seu modo de pensar a respeito da religião e passou a estabelecer as bases do seu estudo sobre empatia. Stein coloca que para entender como a sociedade se organiza é preciso entender as dores e as dificuldades enfrentadas pelo outro.
Ainda, foi a segunda mulher a apresentar a tese de doutorado em Filosofia na Alemanha. Um dos livros mais conhecidos é: Textos sobre Husserl e Tomás de Aquino. É um bom investimento de tempo para aprender mais sobre ela.
Há muitas outras mulheres na filosofia que são fundamentais para um estudo completo sobre o assunto. Vale a pena tirar um tempinho, principalmente nesta época de quarentena, para ler, compreender e refletir sobre a vida, o papel da mulher, as causas sociais e também, nossas ações enquanto ser humano.
Imagem: Pexels