Coronavírus: como se proteger dessa pandemia?

Mulher, a resposta para essa pergunta do título é até fácil: informar-se o máximo que conseguir! Acontece que o coronavírus, apesar de representar uma potencial pandemia, está causando mais desespero do que o necessário. E isso, acredite, tem mais a ver com aquelas correntes de whatsapp que recebemos e compartilhamos do que com informação DE VERDADE.
Hoje, trarei FATOS. Você vai sair daqui sabendo TUDO o que precisa sobre essa doença. É claro que, como as informações mudam constantemente, pode ser que você leia algum dado defasado, mas pode apostar: vamos fazer de tudo para atualizar esse texto constantemente porque, querida, isso aqui é questão de saúde pública e com ela a gente não brinca.
Afinal: o que é o coronavírus?
Vamos do começo. O que você conhece como CORONAVÍRUS, na verdade, é uma família de vírus chamada Coronaviridae. E pasme: ela foi descoberta em meados da década de 60. As doenças mais famosas provocadas por esse grupo são a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).
Uma curiosidade legal: esses vírus recebem o nome de CORONA porque as suas extremidades, as quais chamamos de espículas, são pontiagudas, lembrando uma coroa.
Então essa doença que está se espalhando pelo mundo já existia?
Bem, não. O que acontece: os coronavírus possuem caráter zoonótico. Basicamente, isso quer dizer que eles podem ser transmitidos de animais para humanos.
O grande pulo do gato nisso tudo é que, para ser capaz de ser transmitido de HUMANO para HUMANO, o tipo do coronavírus precisa ter sofrido uma mutação. É aí que o SARS-CoV-2 entra.
SARS-CoV-OQUÊ?
O SARS-CoV-2 é um tipo de coronavírus completamente novo e foi descoberto em 2019. Ainda no começo do surto, as autoridades políticas, assim como os profissionais da área de saúde e até mesmo a mídia, usaram “CORONAVÍRUS” como um termo genérico para se referirem a essa nova doença.
Depois, por meio das pesquisas e pela necessidade de “dar nome aos bois”, a Organização Mundial de Saúde (OMS) nomeou a doença provocada pelo SARS-CoV-2 de COVID-19.
Resumindo:
O coronavírus que você achava que era uma doença é, na verdade, um grupo de vírus da família Coronaviridae. Um desses vírus, que já tinha potencial zoonótico (ou seja, de ser transmitido de animais para humanos), sofreu uma mutação e, agora, consegue ser transmitido de humanos para humanos. ESSE vírus mutante recebeu o nome de SARS-CoV-2, e a doença que ele provoca foi denominada COVID-19.
Sacou?
Mas… de onde o COVID-19 veio?
Então: os primeiros casos de COVID-19 foram registrados na China, em 2019. Acredita-se que o vírus começou a se dissipar a partir de um mercado em Hubei, província chinesa. Nele, além de frutos-do-mar, eram vendidos animais exóticos como cobras, morcegos e pangolins.
Então, é aquele esquema: nesse local, já transitava um tanto de gente, concorda? Lá, tinham animais E seres humanos em grande quantidade. Depois dessa informação, a conta até fecha, né?
Só que ó, atenção prum negócio: nada de ficar colocando a culpa nos chineses e entrar pra esse grupinho racista que tá dando as caras por aí não. Até porque não se sabe A VERDADEIRA ORIGEM do SARS-CoV-2, só que ele começou a ser transmitido a todo vapor nesse mercado.
Ok, ok. Mas a pergunta que não quer calar é: O CORONAVÍRUS MATA?
Cara… assim como qualquer doença que tenha potencial de alcançar estágios mais avançados, os coronavírus podem matar sim, especialmente o COVID-19. Porém, aí vão algumas informações que vão de tranquilizar um bocado:
- até então, o COVID-19 só apresenta perigo para gestantes, bebês, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido (ou seja, que já sofrem de outra doença);
- a taxa de letalidade do COVID-19 é de 1 a 3%, e isso para pacientes que estão nesse grupo de risco que eu citei acima. Para pessoas saudáveis, essa taxa chega a ser menor que 0,1%;
- o grau de infecciosidade do SARS-CoV-2, também chamado de R0 (R zero), é de 2,75. Ou seja: para cada UM paciente infectado, outras 2/3 pessoas serão contaminadas por ele. Só procê ter uma ideia (sim, sou mineira mesmo, obrigada), o R0 da gripe normal é de 1,3, o da gripe espanhola é 1,5 e o do Sarampo (pode sentar porque essa vai doer) é de 12 a 18.
Quando os números são colocados dessa forma, o COVID-19 não parece um bicho de sete cabeças, né não?
Porém, isso não quer dizer que a gente deva relaxar com relação à sua prevenção. Até porque, senhoras e senhores, uma das formas de evitar que o SARS-Cov-2 sofra outra mutação e comece a ameaçar nossa vida REAL OFICIAL é impedindo que esse se espalhe.
E como você pode se prevenir do COVID-19?
Essa é fácil e eu tenho certeza de que você até já sabe a resposta. Porém, não custa nada reforçar a informação, né?
Os coronavírus (tanto o SARS-CoV-2 como todos os outros), são transmitidos por meio de gotículas e secreções de pessoas contaminadas. Por isso:
evite, peloamordadeusa, grandes aglomerações e lugares fechados;
se puder, certifique-se de que o ambiente em que você está tenha MUITO ar circulando (carro, casa, quarto, ônibus, sala de aula etc);
mantenha a etiqueta, moça. Se for tossir ou espirrar, tampe a boca e o nariz com o seu braço, usando a dobra interna do cotovelo para isso;
higienize as mãos assim que chegar em casa, logo antes de comer e evite ficar passando a mão no rosto ao longo do dia;
sempre carregue um álcool em gel na sua bolsa porque né, nunca se sabe quando, e nem onde aquele lanchinho da tarde vai rolar;
evite ficar perto de pessoas que estejam resfriadas, com suspeita de COVID-19 ou oficialmente contaminadas pelo SARS-CoV-2;
NUNCA compartilhe objetos de uso pessoal (lenços, garfos, garrafas, copos etc) com pacientes que estejam com suspeita de COVID-19 (e, cá pra nós, a realidade é que não deveríamos fazer isso com ninguém, né);
se você estiver resfriada, com a imunidade baixa ou com suspeita de COVID-19, fique quietinha em casa descansando e evite contato próximo com outras pessoas;
segura a onda na beijação de boca (eu sei que é difícil, mas moça, estamos em tempos difíceis, então não dê sorte ao azar);
sabe aquele bichinho da rua, ou daquelas florestas preservadas? Evite contato com eles, por favor.
E aquelas máscaras? A gente precisa usar elas?
Então… NÃO. A menos que você já esteja contaminada, ou esteja cuidando de um paciente infectado, ou trabalhe na área da saúde, ou seja gestante, não há necessidade do uso de máscaras.
Aliás, esse assunto é até delicado, porque a OMS já avisou que as máscaras apropriadas para a prevenção de COVID-19, que são a N95 ou a PFF2, estão em falta em vários lugares que REALMENTE precisam delas.
Portanto, sem exageros. Só de seguir as dicas de prevenção que eu coloquei ali em cima, já é 99,9% do caminho andado.
Como saber se eu tenho COVID-19?
O primeiro passo é entender os sintomas. São eles:
- tosse (pode ser seca ou não, e com ou sem muco);
- dor de garganta;
- falta de ar;
- fadiga;
- dor muscular.
Em casos graves, os coronavírus ainda podem provocar:
- insuficiência renal;
- doenças respiratórias (bronquite, pneumonia etc);
- tosse com sangue;
- morte.
Agora, o segundo passo é se cuidar. Caso haja suspeita de COVID-19, procure por ajuda médica, combinado? Porém, é aquela coisa: não corra riscos desnecessários. Não é porque você espirrou uma vez hoje que já precisa correr para o hospital.
Fique atenta aos sintomas e haja com bom senso.
E… finalmente: existe cura para o COVID-19?
Ainda não, só o controle dos sintomas. Ele pode ser feito por meio de antitérmicos (remédios para febre), analgésicos (remédios para dor), MUITA hidratação e repouso.
No mais, mulher, para um tiquinho, respira e se acalme. O COVID-19 realmente está atingindo níveis preocupantes, mas não há NADA PIOR NESSA VIDA que desinformação, e o compartilhamento desta.
Por enquanto, o melhor que fazemos é nos mantermos calmas e seguirmos as dicas de prevenção à risca. E cara, minha esperança é que isso se resolva muito em breve, até porque eu sempre tenho aquelas viagens do tipo: “Mano, o homem já foi na lua, né possível. Daqui a pouco a vacina pra isso aparece”.
Bem… assim espero.
Um beijão à distância procês.