ENTENDENDO A MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA

A mutilação genital feminina ou cliterectomia, muito erroneamente conhecida como a circuncisão feminina, é a extirpação do clitóris e parte dos lábios, fechamento do canal e outras intervenções como introdução de objetos dentro do canal vaginal, feitas quando estas meninas estão na idade de 3 a 15 anos, podendo sofrer outras e várias intervenções da infância até o ato da primeira menstruação, realizada sem anestesia com objetos como lâmina, facas e pedaços de vidros por mulheres contratadas pela família.

A cicatrização em muitos casos evolui com queloides, resultando além da dor psíquica, distúrbios físicos e levando a morte milhares de meninas por infecção ou suicídio.

Esta prática ainda persiste em alguns países, por mais que tenha sido considerada crime internacional, violência de gênero e abuso sexual.

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Realizada em países com o discurso que esta prática é considerada cultural e para o controle da natalidade, diminuição do desejo feminino, onde a virgindade é considerada valorizada, ainda considerada um selo de garantia para as famílias, segundo defensores desta prática cruel.

Embora alguns países relutem em defender este ato como a tradição de um povo, as organizações internacionais estimam que haja no mundo 125 milhões de meninas e mulheres mutiladas com esta prática em países da África e do Oriente Médio.

Uma luz no fim do túnel. Nosso trabalho junto com as organizações mundiais mobilizam os países que continuam com esta prática, para a pronta interrupção desta, através de demonstração de estudos científicos, que não é mutilando e sim educando que teremos uma sociedade de valor.

Já existem cirurgias ginecológicas capaz de reconstruir o clitóris, os lábios e o canal vaginal, extirpando as cicatrizes e a dor, e por fim possibilitando o prazer para estas mulheres.

É um trabalho em equipe, lento, mas possível.Para isto contamos com você, que esta lendo esta matéria, se posicionar.

Estas nossas irmãs estão mais perto do que imaginamos, muitas estão do nosso lado, sem nunca ter te mencionado que foi uma vítima, pois fugiram dos seus países, mudaram seus nomes, mas a dor ainda está presente.

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Então não se omita junte-se a mim e a milhares de mulheres espalhadas pelo mundo pedindo misericórdia pelo fim da mutilação das nossas meninas, pois muitas famílias fora destes países ainda realizam esta prática escondida, considerada uma purificação. Como se nascer mulher ainda hoje fosse um castigo!

A ONU pede que essa prática seja dizimada até 2030. Mas até muito barulho precisa ser feito.

Imagem: Pinterest

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