Hábito da gratidão ou reclamação? Qual dos dois você quer pra sua vida?

Por que será que estamos viciados em reclamar? Reclamar do governo, da vida, do que tem e do que não tem etc. Talvez porque estejamos iludidos com a ideia de que se reclamamos, algo magicamente se solucionará com isto. Será?
Olha, tudo o que o nosso ego, ou seja, a nossa “criança mimada” interna faz é com a ideia de curto prazo. Este é um hábito que pode até aliviar momentaneamente o nosso incômodo, mas e se começássemos a desprender nossa preciosa energia percebendo a solução ao invés de focar no problema?
Quando reclamamos de alguma coisa, nós, inconscientemente, estamos dizendo: “eu não tenho capacidade para resolver isto”. E uma queixa nunca está desacompanhada. Ela vem sempre de outra, mais outra e mais outra, e isso se torna um vício. E toda vez que nos queixarmos de algo, estaremos sempre reforçando a falsa crença de que somos incompetentes para procurar a solução para os nossos incômodos.
Se você for parar pra pensar, existem muitos mais motivos para estar grato do que qualquer outra coisa. E assim como temos o hábito de nos queixar, a gratidão também pode se tornar um hábito – e quem sabe até substituí-lo. Por que não? Ora, quanto mais eu agradeço mais coisas eu terei para agradecer e mais: vou me sentir cada vez mais capaz de encontrar soluções para os meus incômodos.
A vida nos envia o tempo todo as soluções que a gente precisa, só que, às vezes, a nossa mente está tão atribulada com insatisfações que sequer as enxergamos. Assim como nossa alma precisa do hábito da gratidão para que nos envie as soluções, nosso ego precisa da reclamação como muleta pra continuar existindo. O ego afastado do ser não é autossuficiente e é por isso que precisa de um bode expiatório para colocar a culpa. É aí que nasce o hábito da queixa (ou melhor dizendo, da ingratidão mesmo!).
Pense bem, olhe quantas vidas são necessárias para que você se alimente, para que tenha aprendido a ler e a escrever, para que tenha acesso a este texto! E olhe quantas vidas você não interfere por simplesmente estar viva! Se interferimos positiva ou negativamente é uma escolha nossa.
O hábito de agradecer nos faz mais perceptivas, mais sinceras conosco mesmo, mais próximas da nossa essência, mais próximas da nossa verdade. Torna-nos mais sensíveis aos seres como um todo. Torna-nos mais abundantes. Quando expandimos a nossa consciência todos os nossos problemas simplesmente somem, não porque você está os negando, mas porque você cresceu diante deles e eles se tornaram insignificantes. Quantas vezes você já não se pegou refletindo, “nossa, antigamente eu descabelava com essas coisas, hoje em dia sou indiferente a isto”. É porque a sua consciência diante daquele fato mudou.
Ter uma percepção grata da realidade não vai te fazer pateta, “Poliana”. Você começará a perceber que tudo o que o nosso ego interpreta como problema, na verdade, são oportunidades que a vida oferece para que possamos crescer e nos desenvolver. Sem eles permaneceríamos estacionadas no mesmo lugar!
Tudo é uma questão de perspectiva. Tudo depende do nosso olhar diante das coisas. Quando mudamos nossos hábitos, a nossa vida começa a mudar também. Não precisa acreditar em mim, experimente!
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