5 mitos sobre perder peso que você precisa parar de acreditar

Nesta sexta-feira, dia 7, acontece o Dia da Saúde, um dia de conscientização sobre a importância de cuidarmos bem do corpo. Padrões de beleza à parte, a relação entre saúde e peso também está ligada com essa história, principalmente porque ainda existe uma crença de que magreza é igual a um corpo saudável. Muitas de nós acreditamos que perder peso é a saída para uma vida mais saudável e feliz.
Porém, a sua saúde vai muito além do número da balança, apesar de as duas coisas estarem conectadas. A nutricionista esportiva Natasha Barros explicou que esse valor que medimos não diz respeito só a gordura. “O que a gente pesa na balança e que pode variar: massa muscular (o músculo), a massa gorda (que é a gordura) e água. São nesses três que a gente consegue grandes variações ao longo do dia e do que a gente come ou não”, explicou.
Mas, afinal, o que isso tudo quer dizer? Listamos 5 mitos sobre perder peso para você entender de vez essa história:
1. Peso não é sinônimo de saúde
O que Nathasha falou ali em cima quer dizer que um número alto na balança pode significar um valor de massa magra superior ao de massa gorda, assim como o contrário. Atletas, por exemplo, costumam ter pesos altos justamente porque o músculo é mais pesado do que a gordura. “Não é exatamente a relação entre peso e saúde que temos que pensar, mas o sobrepeso de gordura. Quando você tem um sobrepeso de gordura, isso libera algumas substâncias inflamatórias chamadas de citocinas. Essas substâncias inflamam o funcionamento da célula de todos os órgãos do corpo. Por isso a gente escuta tanto coisas como ‘o ômega 3 é anti-inflamatório, algum alimento tem poder anti-inflamatório’…É essa inflamação que ele combate, a inflamação celular”, diz.
2.Perder peso não implica que você está livre da diabetes
Como essas substâncias inflamatórias são liberadas pela gordura acumulada no corpo, se você tiver um peso baixo, mas um alto índice de gordura corporal, você ainda está sujeita a ter doenças causadas por esses elementos, como diabetes, obesidade, hipertensão e até depressão.
3.O peso ideal não existe
A própria Natasha nos explica que é tudo uma questão de estilo de vida e das necessidades pessoais de cada pessoa. Você pode argumentar: ‘e o tal do IMC, o Índice de Massa Corpórea?’
“Quando a gente faz cálculo de IMC, a gente tá pensando em dados populacionais, epidemiológicos, de grande população. Mas quando estamos pensando individualmente, avaliando um indivíduo, a gente não vai contar o IMC”. Traduzindo, esse índice é muito usado para avaliar, por exemplo, o peso médio de uma população e tratar de problemas como é a obesidade nos Estados Unidos, uma verdadeira epidemia, especialmente entre crianças.
4.Cada corpo é um corpo
Se o peso ideal não existe, então é o verdade o que dizem que cada corpo é um corpo. Um lutador, por exemplo, pode pesar 100 quilos e ter 5% de gordura corporal – na balança ele é pesado, mas está saudável e não é gordo.
Por outro lado, uma mulher de 65 quilos pode ter uma taxa alta de gordura e pouquíssimo músculo – o que não a caracteriza como uma pessoa 100% saudável. Outra mulher pode ter exatamente esse mesmo peso, 65 quilos, mas ser sequinha, ter um nível de gordura corpórea baixo e bastante massa muscular.
5.Fazer dietas sem orientação é um perigo
Existe um motivo pelo qual as revistas de moda e beleza sempre foram tão criticadas por falarem sobre dietas extremas, como a da nasa ou do jejum intermitente: elas até podem reduzir o seu peso, mas não necessariamente fazem de você uma pessoa mais saudável.
O perigo aumenta ainda mais quando você decide fazer dietas e regimes muito extremos (ou não tão extremos assim) sem qualquer tipo de acompanhamento médico. “Você pode causar desequilíbrios maiores ainda no metabolismo, pela falta de alguns nutrientes, ou seja, carência de alguns nutrientes, e pela má distribuição dos alimentos e seus nutrientes ao longo do dia”, diz a nutricionista.
Se você faz exercícios físicos, precisa comer de acordo para ter energia na hora da ativididade, além de saber o que você precisará ingerir para ajudar na recuperação dos músculos depois de se exercitar.
O resumo da ópera
Claro, a gente sabe muito bem que existe também toda uma pressão social: as revistas e as campanhas publicitárias dificilmente colocam uma mulher com curvas e gorda nas capas – e essa falta de representatividade histórica tem os seus efeitos sobre a autoestima feminina.
É esse tipo de visão de mundo – de que o padrão para ser bonita implica que você seja magra – que criou uma cultura de gordofobia e que repele mulheres que não seguem esse estereótipo. O melhor a fazer é sempre procurar um profissional para saber exatamente o que você precisa mudar pra ser mais saudável, e, acredite, desenvolver o amor próprio com certeza vai te ajudar também.
Imagem: Reprodução