O amor é para quem tem coragem?
Em meio a medos, indiferenças e racionalidade, como conseguimos coragem para amar?
Muitos não se entregam em um relacionamento por puro medo. Outros, não conseguem experimentar uma bela relação por pensar só em si e esquecer da empatia. E tem aqueles que acham que se relacionam, mas vivem presos a racionalidade como forma de melhorar e evoluir.
Mas, o que é o amor? De onde vem? Do que se alimenta?
Parece até um especial de reportagem, mas são algumas perguntas que a gente só se faz quando está com “dor de amor”. Às vezes não é pela ausência da pessoa amada, mas por tentar equilibrar o real com o ideal.
Quando o amor faz doer, o peito pesa, mas quando ele está vivo e pleno quem sente é o estômago… Loucura, né?
Será que é por isso que somos tão felizes comendo?
Os queridos especialistas dizem que o amor é um gostar mais maduro. A paixão é algo avassalador e passageiro. Será?
A gente se joga de cabeça em uma paixão, mas tem receio em encarar de frente o amor.
Dizem que quando o amor é de verdade, a gente ama até os defeitos.
Ok… de certa forma isso pode ser verdade.
Então, quando nos irritamos com algo, ou quando o convívio está insustentável, significa que o amor acabou?
Se o amor acaba, significa que não era amor?
Perceba quantas perguntas foram feitas no que você acabou de ler?
Algumas pessoas estão fazendo esses, e muitos outros questionamentos, vivendo em relacionamentos que podem ser saudáveis ou não.
Quem vive de amor é adolescente ou escritor de romance. Seres humanos normais, vivem de rotina, de cuidado, de atenção, de sensação, de prazer…
O amor é apenas uma pitada em meio a essa massa homogênea de sentimentos e experiências.
Mas, se ele não se basta, como é possível amar alguém que não te ama? E mesmo depois de anos, o peito aperta e o estômago revira… A expectativa e imaginação podem fazer essa massa fermentar?
E sem amor, é possível ter um relacionamento? Antigamente (até hoje tem), os casamentos arranjados surgiam do nada (por puro interesse) e duravam anos (com ou sem felicidade)… Chegando a sair do convívio, passando pela amizade e se transformando em amor.
A verdade é que as pessoas não gostam de bolo solado. O mesmo vale para os relacionamentos.
Em um show, Chris Rock (comediante norte-americano) fez a seguinte piada:
Quando você pegar sua mulher, olhando para você, com cara de interrogação e “viajando” pode ter certeza que ela está pensando: “O que eu estou fazendo com esse cara? Eu tinha alguém tão legal… onde fui me meter?”
Já se fez essa pergunta alguma vez na vida? Pode até não ser nas mesmas circunstâncias, mas já se pegou pensando como você foi parar nessa situação… Como eu cheguei a esse ponto?
Talvez, esteja faltando algum ingrediente.
Corajoso não é aquele que fica tentando colocar mais doses de amor na relação ( isso é o mínimo que se espera) e sim quem percebe que chegou a hora de deixar desandar e começar de novo.
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