Perdi a fé no romance. E você?
Estava eu conversando via redes sociais com um amigo e disse que tinha o sonho de ir no Terraço Itália um dia – de preferência com um homem apaixonado por mim, bebendo um bom vinho e ouvindo um bom Jazz. Ele me respondeu que eu tenho um conceito de amor muito difícil de se encontrar hoje em dia e se caso eu o encontrasse, poderia não ser tão sincero. Ainda achou engraçadinho, pois nunca tinha ouvido isso de alguém.
Então, constatei que esse seria o último final de semana em que eu acreditaria neste tipo de amor. Não deixaria totalmente de acreditar, mas guardaria tudo isso numa caixinha e não abriria mais. Como um tipo de “tralha” que não nos serve agora, mas que acreditamos que um dia terá utilidade e fica lá mofando, entende?
Este final de semana me mostrou várias coisas que me fizeram parar de acreditar no âmbito AMOR e FAMÍLIA. Essa conversa com meu amigo me fez parar de querer ser uma romântica à moda antiga; um “crush” me trocou por outra sem mais nem menos, então me fez parar de querer gostar de alguém; minha amiga desmarcou o cinema que teríamos para ficar com o filho e me fez querer não mais tê-los; ando vendo uma temporada de casamentos por aí e percebi que ando tendo nojo deles (leia mais aqui)…
Se isso está me tornando uma velha ranzinza e mal amada? Não sei… Prefiro achar que não. Mas pressinto que vou me tornar uma Robin Scherbatsky (da série How I Met Your Mother): quarentona, focada na carreira, morando sozinha e cuidando de cachorros (leia mais aqui).
Sempre quis um marido apaixonado e romântico, lindo e elegante, com uns três filhos, passando férias em Paris, mas acho que, por gostar demais de propagandas, acabei projetando minha vida num comercial de margarina. Não sei se o erro está em mim ou nas pessoas com quem me relaciono – ou um pouco dos dois. Mas nunca vou entender até que algum deles seja sincero e me diga, de fato! Então, prefiro fazer o seguinte: me tornar uma Robin Scherbatsky!
Focar na faculdade, na profissão, nos projetos, numa futura carreira, nos planos de viajar pelo mundo, de fotografar pássaros, passar longe de relacionamentos, casamentos, filhos, Tinder’s e afins e quem sabe um Ted Mosby não aparece por aí , daqui a uns 10 anos? Vou trocar “crushes” por amigas, alianças por tatuagens, juras de amor por sexo casual e deixar meu romance à moda antiga nas tralhas velhas. Vai que um dia dá pra reciclar. Deixa o Terraço Itália pra uma noite no bar entre meninas, e só! <3