Qual é o significado para a sua existência?
Dá pra acreditar que ainda estamos na luta para encontrar um significado para a nossa existência? Pelo menos isso explica o fato de ainda procurarmos por explicação, clamarmos por respostas e necessitarmos de algo superior a nós o tempo inteiro. Estamos na fase de ainda nos perguntarmos quem somos, por que estamos aqui e para onde vamos. E parece que ninguém se cansa disso.
Talvez a gente só não tenha escolha. Quer dizer, nós não nos permitimos ficarmos sozinhos o suficiente para pensar sobre essas questões (leia mais aqui). Afinal, nos foi ensinado que estar sozinho é ruim. E nós, ingênuos, acreditamos. É muito mais fácil acreditar no que a mídia conta, no que a escola ensina e no que os amigos acreditam. Estamos condicionados a não procurar respostas para as nossas próprias dúvidas.
Não temos o hábito de escutarmos a nós mesmos. Não discernimos entre o que esperam que a gente seja do que realmente somos. Não diferenciamos entre o que esperam que a gente acredite, do que realmente acreditamos. Não criamos espaço suficiente para nós e nos sufocamos diante da vida. Sem perceber, gastamos tanta energia, tempo e dinheiro sendo irrelevantes para a nossa própria existência, que magoamos a nossa alma.
Parece que somos viciados em fazer o que os outros esperam de nós. Estamos condicionados a seguir em frente, nessa rotina acelerada, acreditando que os outros estão certos e nós estamos errados. E continuamos seguindo esse clico repetitivo, sem conseguir realmente interpretar do que a nossa alma precisa. Desperdiçamos tempo respondendo o que nunca queríamos ter perguntado. E deixamos pra depois as perguntas que realmente importam para a nossa essência.
Nos entupimos de venenos durante o final de semana para que seja possível aguentarmos a rotina semanal que nós mesmos escolhemos. Onde está o sentido nisso tudo? Não sabemos sequer onde estamos indo ou quem realmente somos. Nos envolvemos com pessoas que não nos fazem bem porque somos educados socialmente a não dizer não. Nos acomodamos num trabalho que não nos acrescenta nada, mas paga as contas, porque nós somos viciados em fazer algo e não paramos nunca. Inclusive vendemos a nossa alma para suprir essa incansável necessidade de precisar sentir alguma coisa, qualquer coisa além da nossa mediocridade (leia mais aqui).
E quando, finalmente, conseguimos sentir alguma coisa, nós temos essa ansiedade que nos fala que isso é temporário. Então a gente continua procurando por algo que não sabemos o que é, para finalmente nos sentirmos realizados e nos defendermos de toda essa cobrança que nós mesmos produzimos. Estamos tão condicionados a nunca parar de buscar por misericórdia que não acreditamos que merecemos felicidade ou que é possível viver de outro jeito. E então voltamos para a nossa vida medíocre e continuamos a correr atrás de coisas que não sustentam a nossa essência. E fazemos tudo isso sem nos consultar, sem perguntar o que realmente queremos.
Evitamos o único lugar que tem todas as perguntas e respostas que precisamos: a nossa alma. Podemos fazer o que se nos foi ensinado a ter medo de ser diferente? O que podemos fazer se fomos ensinados a não questionarmos? Podemos fazer o que se nos foi ensinado a evitar conflito? A pessoa mais poderosa é aquela que se conhece. Conhecer a si mesmo, isso é o mais revolucionário que podemos fazer.
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