Qual o seu papel na educação sexual dos seus filhos?

Hoje, quero provocar uma verdadeira reflexão, daquelas de dentro para fora, que reverbere em todo o seu entorno. E qual é a protagonista dessa discussão? A educação sexual!
O sexo não deve ser um assunto proibido
Que tal deixarmos de lado todos os tabus que circundam o sexo? Sim, estou falando daqueles padrões antigos, que consideram somente o sentido erótico e culposo dessa relação.
Meu questionamento é: “Caramba, por que algumas coisas precisam ser tão veladas? Que neurose é essa de pensarmos que o ato sexual é aquele que abusa, submete, destrói nosso emocional e deixa marcas em nossos corpos?”
É preciso entender que, ao escolhermos evitar diálogos sobre educação sexual dentro de casa, estamos abrindo mão de MUITAS coisas importantes para o futuro de qualquer adolescente.
O segredo (ou a solução) está em você!
Entenda: o verdadeiro papel da mulher no século XXI é deixar para trás todas as amarras que faziam dela um simples agrado aos homens. Para isso, basta parar de reproduzir esse pensamento (e sim, velar um assunto tão importante como o sexo é uma forma de endossar filosofias tão antigas e, claro, machistas).
O segredo, à priori, é nos conectarmos a valores REAIS, que nos façam felizes e nos libertem dessa culpa/vergonha tão avassaladora que é a de ser uma “mulher que gosta de sexo e está disponível a conversar abertamente sobre ele”. Afinal, como ensinar para outra pessoa uma coisa tão importante como essa quando nem você mesma acredita no que está falando?
A grande verdade é que já passou da hora de assumirmos a nova era do “HOMO DEUS”, onde o prazer se despede da culpa (era “SAPIENS”). Aliás, são dois livros do escritor Yuval Noah Harari que recomendo fortemente: e Homo deus: uma breve história do amanhã e Sapiens: uma breve história da humanidade.
No mais, a questão é: de que vale uma educação de pais que manjam de trocentas coisas como, por exemplo, carreira profissional, direcionamento escolar e controle de redes sociais, quando estes são completamente inseguros com relação à educação sexual?
Quer dizer: se todos os âmbitos da vida de um jovem estão sendo cobertos, por que tantas famílias insistem em deixar um tema tão importante quanto o sexo à própria sorte?
Juntas, somos mais fortes!
É preciso reconhecer que, décadas atrás, nossos pais e avós fizeram o seu melhor com pouquíssimas ferramentas. Logo, é natural que um assunto tão delicado quanto o sexo e a sexualidade tenha sido “varrido para debaixo dos tapetes”. Porém, hoje, possuímos milhões de recursos.
Então, até quando você, no exercício de mãe, vai reproduzir um padrão que provavelmente deu errado na sua vida e nos seus relacionamentos? Será mesmo que, em pleno século XXI, seremos caladas e convencidas a deixar nossas filhas se reconhecerem como máquinas sexuais perfeitas ao patriarcado?
Acredite: viver nesse modelo de vida “discreto”, que deixa as coisas acontecerem e permite que os filhos descubram o sexo por conta própria é um tiro no pé.
É aquele velho esquema: você REALMENTE acha que o melhor para uma menina é descobrir sua sensualidade/sexualidade por meio de uma cultura claramente machista, que objetifica e diminui as mulheres?
Passe um bom legado
Seu papel é entregar o bastão lícito da sexualidade feminina e sagrada à sua filha. É mostrar e desvendar para ela aquilo que é de direito de todas as mulheres: o próprio corpo.
Nós jamais, repito, JAMAIS devemos fechar nossos olhos para pais que repassam e reforçam instruções machistas aos nossos filhos. Isso só impregna nos jovens a cultura do masculino tóxico frágil, viciado e familiarizado em pornografia e privado da experiência genuína do sexo, que é dar prazer a ambos. Do contrário, eles continuarão pensando que mulheres são “máquinas de reprodução” e que, provavelmente, nunca saberão o que é um orgasmo porque isso não é direito delas.
Lembre-se: todos nós, seres humanos (sim, isso inclui homens, mulheres, gays, transexuais etc.), somos legítimos ao sexo e essa, minha cara, foi a única coisa que esqueceram de nos contar.
Sexo é saúde individual a todos os gêneros, raças e classes sociais, e deve ser compartilhado pelo ato da reciprocidade, da conquista, da experiência, da curiosidade e da responsabilidade para todas as idades, principalmente aquelas acima dos 60, esquecidas pelo culto da jovialidade.
É muito simples: uma sociedade bem informada e, principalmente, ativa sexualmente, jamais será domada aos interesses governamentais e religiosos. Educação sexual é coisa séria!
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Um super beijo e até nosso próximo date 😘