Síndrome do Ovário Policístico: o que precisamos saber sobre ela?

Um dos assuntos que mais assustam a famigerada “mulher moderna” é a Síndrome do Ovário Policístico. Também conhecida como SOP, ela nada mais é que uma condição em que a mulher produz mais hormônios masculinos que o normal.
Isso, em uma perspectiva geral, faz com que ela tenha uma série de sintomas assustadores como, por exemplo:
- maior crescimento de pelos em todo o corpo (principalmente na face);
- calvície (pois é, vai entender);
- menstruação completamente irregular e INTENSA (quando chega, claro);
- cravos e espinhas (principalmente na parte de baixo do rosto e nas costas);
- manchinhas escuras na pele;
- aumento de peso.
Porém, a consequência mais comum da SOP e, não por acaso, é a que dá nome a ela, é o desenvolvimento de pequenos cistos nos ovários. Isso, além de todos os outros itens citados acima, pode provocar a tão temida infertilidade.
Um pouco sobre a SOP e a dificuldade para engravidar
Bora fazer uma retrospectiva das aulas de biologia? Prometo que vai ser rápida!
Para engravidar, a mulher precisa produzir óvulos que, ao serem liberados pelo ovário, caminham pelas tubas uterinas e chegam ao útero. Durante esse trajeto, eles podem ser fecundados pelo espermatozoide (tornando-se zigotos) e implantados na parede uterina. A partir daí, já temos uma gravidez.
Sendo assim, qualquer dificuldade nesse processo pode gerar a infertilidade.
No caso da Síndrome do Ovário Policístico, esse contratempo acontece porque os cistos, desenvolvidos nos ovários, impedem que a ovulação ocorra de forma regular. Isso, a longo prazo, pode dar uma dor de cabeça danada para quem deseja ter um rebento por esse mundo afora.
Calma. Qual é a causa, então, da Síndrome do Ovário Policístico?
Pois é. Aí vem a má notícia: a causa para essa doença, infelizmente, ainda não foi descoberta. Porém, a esperança é que não se pode negar que existam alguns fatores de risco para ela. Os mais comuns incluem:
- resistência à insulina (uma das principais causas para os desequilíbrios hormonais e, consequentemente, para a SOP);
- inflamação (é uma reação que, dentre outras coisas, também faz com que o corpo produza mais insulina que o normal, gerando um desequilíbrio hormonal e, consequentemente, produzindo mais testosterona, o que desembola na SOP);
- ter casos de SOP na família.
Tá, entendi. Como sei, então, se tenho SOP?
Bem.. digamos que, em primeiro lugar, você precisa manifestar dois ou mais dos sintomas descritos ao longo desse texto. Porém, é sempre bom lembrar que os mais comuns são menstruação irregular e o excesso de pelos corporais.
No mais, o diagnóstico dessa doença é feito por meio de exames físicos (ainda em consultório), laboratoriais (para descartar outras condições e checar os níveis hormonais do organismo) e, claro, um ultrassom pélvico (para dar AQUELA conferida sincera na região).
Mas e aí? A Síndrome do Ovário Policístico tem cura?
Não! Porém, a melhor parte de tudo vem agora: a maioria dos tratamentos é feita por meio de apenas algumas mudanças no estilo de vida da pessoa. Sim, isso inclui dieta e exercícios físicos, rsrsrs!
Em casos mais avançados e diretamente relacionados à resistência à insulina, a administração de medicamentos como a metformina pode ser indicada.
Vale ressaltar que, dependendo da situação, pode ser necessário o uso de anticoncepcionais para regular os ciclos menstruais.
Ok. Qual é o próximo passo então?
Mulher da minha vida: se você por acaso desconfia que está com SOP, pelo amor da Deusa, vá à ginecologista, combinado? Afinal, só ela tem capacidade e competência para cuidar do seu caso, combinado?
Um beijo, um queijo bem mineiro e até a próxima.