Ghosting: precisamos falar sobre os danos que o sumiço causa

Olá, poderosas! Já aconteceu de você sair com uma pessoa super legal, onde absolutamente tudo flui super bem, e depois a pessoa simplesmente desapareceu sem deixar vestígios? Você liga, manda mensagem e é ignorada com sucesso? O nome dessa prática é conhecida como Ghosting (que vem da palavra ghost, que traduzida significa fantasma) e vem acontecendo com bastante frequência entre os relacionamentos, principalmente os que começam através do ambiente digital.
Aquela relação simplesmente acaba porque a outra some sem dar explicações ou dizer o motivo que a fez se distanciar. Muitas vezes, bloqueios em redes sociais e mensageiros instantâneos também acontecem, deixando a situação ainda pior.
Já ouvi relatos de amigas que foram vítimas de tal prática, que por muitas vezes o medo de se envolver demais na relação acaba pesando para que o sumiço seja a solução de tudo.
O problema é que resolver as inseguranças simplesmente sumindo pode causar sérias consequências tanto para quem pratica ghosting quanto para quem é vítima dele, afinal de contas, não é sumido de nada que a gente consegue resolver as coisas certo?
Em um primeiro momento, nossa reação é ter raiva, achar que o outro é um profundo e completo babaca imaturo e por fim até achar melhor mesmo que a pessoa tenha sumido, a gente tende a achar nesse primeiro impacto que “foi livramento”. Mas não demora muito para que esse sentimento comece a tomar uma outra forma, deixando a gente triste e o principal, mexendo em nossa autoestima.
Para foi descartado, vem todo aquele momento de tristeza e de inúmeras perguntas sem respostas, uma série de porquês somados a desconfiança de ter feito alguma coisa errada, mesmo sabendo que nada foi feito para que o tal desaparecimento tivesse uma razão.
Para quem pratica muitas vezes o ato de desaparecer também pode ser doloroso, ao perceber que não se teve a coragem necessária de encarar o problema e o resolver de maneira madura. A sensação de se acovardar diante da situação também se torna uma problemática que interfere diretamente no caráter de quem praticou, fazendo com que vários questionamentos a respeito de sua conduta sejam feitos.
Como já falamos por aqui anteriormente, ter responsabilidade ao começar uma relação é de suma importância para que situações tão dolorosas como esta não aconteçam, e ainda que nossas formas de se relacionar tenham mudando em virtude da pandemia, ser o mais sincero possível e deixar claro quais são as suas reais intenções naquele momento, devem ser faladas. O nome disso mais uma vez é responsabilidade afetiva.
O ghosting nada mais é do que a falta dessa responsabilidade. Mais uma vez estamos lidando com sentimentos e pessoas, ainda que essas relações sejam casuais de início, ninguém tem o direito de sumir da vida do outro sem ao menos dar uma explicação.
Os danos deixados pela prática de sumir sem deixar respostas, apenas uma série de dúvidas na cabeça de uma outra pessoa é algo extremamente cruel com quem sofre e principalmente com quem pratica.
Sabemos que as formas de se relacionar mudaram, mas o que não pode mudar de forma alguma é a maneira de conduzir inícios e términos de relacionamentos com outras pessoas. Não é nada descolado ou legal sair com pessoas e sumir da vida delas sem respostas dos motivos pelos quais você está saindo. Tudo, absolutamente tudo sempre vai ser uma conversa franca direta e sem rodeios. Não seja um (a) babaca!
Beijos da blogueira!
Fotos: Reprodução/Pexels